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Conhecendo os biomas brasileiros e suas características

Bioma é constituído por um conjunto de vida vegetal e animal, definido de acordo com as condições físicas das regiões. Ao longo dos anos, os biomas sofreram processos de formação na paisagem, que resultaram em uma diversidade própria de flora e fauna (IBGE, 2014).

Os biomas terrestres são: Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga, Pampa e Pantanal, figura 1. Esses biomas contêm alguns dos maiores rios do mundo, como o Amazonas, o Paraná e o São Francisco (PBMC, 2013).

Bioma da Amazônia

O bioma da Amazônia é o maior do mundo, com extensão de 4.196.943 milhões de km2. É a maior reserva de biodiversidade do mundo, ocupando quase a metade (49,29%) do território nacional. Esse bioma abrange os estados: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, e também cobre uma pequena área do Mato Grosso, Maranhão e Tocantins (IBGE, 2014).

A bacia Amazônica escoa 20% do volume total de água doce do mundo. No Brasil, encontra-se 60% da bacia, com uma área de aproximadamente 6,5 milhões de km2 e 1.100 afluentes (MMA, 2014).

A floresta abriga uma grande diversidade de espécies animais e vegetais, com cerca de 1,5 milhão de espécies vegetais catalogadas (IBGE, 2014).

Bioma do Cerrado

O cerrado ocupa uma área de 2.036.448 km2 e é o segundo maior bioma. Abrange os estados: Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Bahia, Maranhão, Piauí, Rondônia, Paraná, São Paulo e Distrito Federal. Nesse bioma estão as três maiores bacias hidrográficas da América do Sul (Amazônica/Tocantins, São Francisco e Prata) (MMA, 2014).

É constituído por arbustos e gramíneas, com troncos e ramos retorcidos, folhas grossas e cascas espessas. O cerrado é reconhecido como a savana mais rica em biodiversidade do mundo, com 4.400 espécies exclusivas da flora (IBGE, 2014).

Depois da mata Atlântica, o Cerrado é o bioma que mais sofreu alterações devido a ocupação humana, deixando inúmeras espécies de plantas e animais correndo risco de extinção (MMA, 2014).

Bioma da Mata Atlântica

A área original da mata Atlântica era de aproximadamente 1.300.000 km2, ocupando 17 estados brasileiros. Atualmente essa área está reduzida em 20% da sua cobertura original, apenas 7% dessa área está bem conservada em fragmentos maiores de 100 hectares (MMA, 2014).

O bioma ocupa os estados: Espírito Santo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná (IBGE, 2014).

Na mata existem cerca de 20.000 espécies vegetais e é uma das regiões mais ricas em biodiversidade do mundo, tendo importância vital para brasileiros que vivem ao seu redor, cerca de 120 milhões (MMA, 2014).

Bioma da Caatinga

A Caatinga tem extensão de 844.53 km2, cerca de 27 milhões de pessoas, grande parte carente, vivem nesse bioma e dependem de seus recursos para sobreviver. O bioma se encontra nos seguintes estados: Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Bahia, Sergipe, Alagoas, Maranhão e uma pequena parte em Minas Gerais (MMA, 2014).

A vegetação da Caatinga é seca e espinhosa, pela falta de chuva em grande parte do ano. A chegada das chuvas faz as folhagens brotarem e a paisagem fica mais verde (IBGE, 2014).

Bioma do Pampa

O Pampa ocupa uma área de 176.496 km2 e está restrito apenas ao estado do Rio Grande do Sul. Os ecossistemas desse bioma são muito antigos, com flora e fauna próprias e grande biodiversidade (MMA, 2014).

A vegetação predominante do pampa é constituída de ervas e arbustos, com vegetação rala e pobre em espécies, que são mais densas e ricas nas encostas (IBGE, 2014).

Bioma do Pantanal

O Pantanal é o menor bioma em extensão, com área de 150.355 km2, porém exibe uma beleza exuberante (MMA, 2014).

O bioma está presente no estado do Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. É caracterizado por inundações de longa duração, alterando o ambiente, a vida silvestre e o cotidiano das populações locais (IBGE, 2014).

O País tem a flora mais rica do mundo, são 44 mil espécies catalogadas, e milhares que ainda são desconhecidas pela ciência. A distribuição de espécies arbóreas tem relação direta com as características climáticas, principalmente a temperatura e a precipitação (CORDEIRO; SOUZA; MENDOZA, 2008).

As florestas do Brasil, além de possuírem a maior diversidade biológica do planeta, também abrigam grandes quantidades de estoques de carbono, o que colabora na regulação do clima (PNMC, 2008).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CORDEIRO, S. A.; SOUZA, C. C.; MENDOZA, Z. M. S. H. Florestas brasileiras e as mudanças climáticas. Revista Científica Eletrônica de Engenharia Florestal. Periodicidade semestral. Edição número 11. Fev. 2008

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Biomas. Nosso Território. IBGE. Brasil. Disponível em: < https://www.ibge.gov.br/geociencias/informacoes-ambientais/vegetacao/15842-biomas.html?=&t=downloads>. Acesso em: 19 nov. 2024.

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Biomas. MMA. Brasília. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/biomas>. Acesso em: 19 nov. 2024.

PLANO NACIONAL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA. Governo Federal. Comitê Interministerial Sobre Mudança Do Clima. Decreto Nº 6.263, de 21 de novembro de 2007. PNMC. Brasília, dez. 2008. 129 p.

PAINEL BRASILEIRO DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS. Contribuição do Grupo de Trabalho 1 ao Primeiro Relatório de Avaliação Nacional do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas. Sumário Executivo GT1. PBMC, Rio de Janeiro, Brasil. 2013. 24 p.

Texto elaborado por:

Camila Menezes | Bióloga e Engenheira Agrônoma
Pós-Graduada em Gerenciamento Ambiental e em Manejo do Solo

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