Nossa fonte de fósforo hoje vem do Peru e chama-se Bayóvar. É um Fosfato Natural Reativo (FNR) ou seja, um processado de rochas sedimentares, formado pela decomposição de restos de animais marinhos e que tem alta porosidade e reatividade. Ele supre com qualidade as demandas de fósforo e cálcio por ter elevada superfície específica, conferindo maior superfície de contato com a solução do solo, fazendo a liberação do nutriente com maior intensidade. Além disso, ele tem um excelente efeito residual no solo. 

Pesquisas da Massari em parceria com a Unoeste, Prof. Wellington Guerra verificou a liberação gradual e progressiva do fósforo ao longo de pelo menos um ano. Veja abaixo a diferença do controle para o solo com tratamento de DGMS (calcário e gesso) e Bayóvar em solo argiloso do Paraná e solo arenoso de Presidente Prudente-SP

O Bayóvar melhora a acidez do solo e por possuir pH8 não possui incompatibilidade com outros produtos, podendo ser adicionado às nossas misturas de calcário, gesso, enxofre elementar, nossa fonte mineral de potássio e micronutrientes.

Mas como e por que aplicar Bayóvar?

A limitação de fósforo nos solos das regiões tropicais apresenta grande importância do ponto de vista do manejo, exigindo a aplicação de elevadas quantidades de fertilizantes fosfatados. A busca de novas fontes de fertilizantes representa uma posição estratégica para o Brasil, visto que somos altamente dependentes da importação da Rússia e China. 

Nossa fonte, além de não acidificar o solo ainda contribui para melhorar sua biologia, os microorganismos benéficos que existem ali. Além do poder residual, como citado anteriormente, outra razão é de não precisar ser incorporado mesmo não tendo mobilidade no solo; de fácil aplicação.

Ele pode ser aplicado juntamente com o calcário (DGMS) na fase de calagem e gessagem em área total, em casos de solos deficientes, principalmente para as culturas de grão e cana-de-açúcar. Para tomates, por exemplo, pode ser aplicado na linha, logo antes no plantio.

O fósforo é considerado um macronutriente primário por ser necessário em grande quantidade pela planta desde o início do seu desenvolvimento, pois está associado com três processos bioquímicos essenciais como a produção de energia, respiração e fotossíntese. É responsável diretamente pelo enraizamento, além de ser importante na frutificação, para enchimento de grãos. É um componente estrutural na formação de ácidos nucléicos, coenzimas, fosfoproteínas e fosfolipídios. 

Sua deficiência apresenta emergência e crescimento lentos, folhas verde-escuras, com pecíolos e nervuras arroxeados e plantas estioladas.

Trichoderma koningiopsis

No solo, o P é encontrado em duas formas, orgânico e inorgânico. Todo o fósforo é absorvido nas formas inorgânicas H2PO4– e HPO42-. Dessa forma, o fósforo presente na forma orgânica precisa da ação de microrganismos do solo decompondo restos vegetais e liberando fosfatases para transformá-lo em forma inorgânica

Assim, inoculantes microbianos têm sido bastante utilizados em pesquisas como fonte de disponibilidade de fósforo em solos e o Trichoderma tem sido um dos mais estudados principalmente pela sua capacidade de colonização radicular, formando associação simbiótica com as plantas.

Hoje a Massari já disponibiliza esse fungo em solução aspergido em nossos fertilizantes e possui diversas pesquisas em andamento deste fungo em associação com o Bayóvar.

Fonte: BONONI, Laura. Bioprospecção de Trichoderma spp envolvidas na solubilização de fosfato e no controle biológico de Sclerotinia sclerotiorum em soja. Piracicaba 2020